Beneficios do Chocolate - Fidu

Chocolate negro e Cacau: benefícios para a saúde

Qualquer desculpa é boa para desfrutar de um bom chocolate. Mas não precisa de sentir culpa na hora de o comer, porque quando integrado numa alimentação equilibrada e estilo de vida saudável, o chocolate negro e derivados com alto teor de cacau podem ser benéficos para a saúde.

O cacau (Theobroma cacao) é o fruto de uma planta arbórea originária da América do Sul, cultivado pela primeira vez há mais de 4000 mil anos, pelas civilizações Maia e Azteca.

No século XVI, os Europeus usavam-no como veículo de medicamentos, além dele ser considerado por si só um medicamento. O chocolate e o cacau eram utilizados no tratamento de doenças, como desordens digestivas, dores de cabeça, inflamações e insónias, sendo utilizados isolados ou em combinações com ervas, plantas e outros suplementos alimentares.

Sendo um fruto versátil, o cacau pode ser usado na alimentação em diversas formas: cacau em pó, chocolates, em grão, em pepitas, entre outras opções. Os seus benefícios para a saúde são tanto maiores quanto maior for a percentagem de cacau nos seus derivados.

 

O chocolate negro é um potencial superalimento

Estudos sugerem que o chocolate amargo com alto teor de cacau (superior a 70%) e o cacau em pó pode ser considerado um superalimento devido ao seu alto teor em antioxidantes.

A atividade antioxidante do chocolate negro e do cacau em pó foi comparada com a do açaí, mirtilos, arandos e romã. Os investigadores concluíram que a sua atividade antioxidante era igual ou superior à destes “superfrutos” em pó ou em sumo.

O cacau é rico em flavonóides, que são compostos antioxidantes que protegem as células do efeito nocivo do stress oxidativo e podem ajudar a promover a saúde cardiovascular.

Para além disso, o cacau é rico em micronutrientes como o potássio, zinco e magnésio, necessários às funções básicas do organismo.

 

O chocolate traz felicidade?

O cacau contém triptofano, um precursor da serotonina, que é o neurotransmissor da felicidade, e feniletilamina, conhecida como a hormona da paixão. Estas substâncias promovem sensação de prazer e de bem-estar e são encontradas em maior quantidade no chocolate negro com alta percentagem de cacau.

 

O cacau e o chocolate são muito versáteis

Há mil e uma maneiras de usar o cacau e os seus derivados na alimentação.

O cacau em pó pode ser incorporado na massa de bolos, bolachas e panquecas, em recheios e coberturas, pode também ser usado no leite ou bebida vegetal, em papas e sobremesas.

As tabletes de chocolate só por si são irresistíveis para comer quadradinho a quadradinho, mas sendo fáceis de derreter podem ser incorporadas em diversas receitas. Desde as mais como um chocolate quente ou um fondue de chocolate com frutas, ou para juntar na massa de bolos como petit gateau e brownies, para fazer coberturas e ganaches, ou em mousses e outras sobremesas.

As pepitas de cacau combinam tão bem com bolachas, bolinhos e panquecas, no interior da massa ou como cobertura, em papas, iogurtes e sobremesas dão um toque crocante e rico em sabor e nutrientes.

 

Como escolher o chocolate mais saudável?

O chocolate pode apresentar-se de diferentes formas, por isso na hora de escolher devemos ter atenção à sua composição em ingredientes e ao seu valor nutricional. É importante também ter em conta as restrições de quem vai consumir o chocolate e a ocasião e frequência de consumo.

Quanto mais puro o chocolate, ou seja, com maior percentagem de cacau e menor número de ingredientes adicionados, mais saudável será.

Para quem consome com frequência, o chocolate negro, com maior percentagem de cacau é o mais adequado. O mesmo se aplica a outros produtos à base de cacau, por exemplo, o cacau em pó mais puro sem outros ingredientes adicionados é mais saudável que as versões de chocolate em pó que contêm açúcares, amidos e gorduras.

O chocolate de leite e as suas alternativas vegetais têm uma menor percentagem de cacau, mas têm um sabor mais suave e equilibrado, sendo muitas vezes preferidos pelas crianças. Aqui deve-se ter em conta a lista de ingredientes e a quantidade e tipo de açúcares adicionados. Quanto menos ingredientes e menos refinado for o açúcar, melhor o chocolate.

Por sua vez, o chocolate branco não contém qualquer cacau, apenas manteiga de cacau, que é a gordura, e açúcar adicionado, sendo por isso a versão nutricionalmente menos interessante do chocolate.

Os chocolates são muitas vezes fontes de alergénios, seja devido aos ingredientes adicionados ao cacau, como leite, frutos secos, amendoins, soja, trigo, entre outros, ou à partilha de equipamentos e instalações que levam a contaminações cruzadas. Por isso, se tem alergias ou intolerâncias alimentares ou pretende oferecer chocolates a alguém, confirme primeiro se o chocolate que escolhe é seguro para as suas restrições. Para isso, deve ter atenção ao rótulo e verificar a lista de ingredientes e a declaração de alergénios, normalmente acompanhada de uma das expressões: “contém…”, “pode conter…”, “produzido numa fábrica que manipula…”, ou outras similares.

Os chocolates Fidu são uma opção segura para a maioria das alergias e intolerâncias alimentares pois são isentos dos 14 principais alergénios, sem glúten e sem lactose.

 

Podemos incluir chocolate na alimentação diária?

De acordo com a Associação Portuguesa dos Nutricionistas, desde que consumido com moderação, o chocolate fornece um valor calórico pouco significativo na alimentação diária. Não existe uma quantidade diária recomendada de chocolate, uma vez que esta varia em função das características individuais de cada um, nomeadamente o sexo, a idade, o nível de atividade física, entre outros fatores. Em termos médios e num ritmo de vida normal, tem sido considerado como razoável uma porção entre os 10 e os 25 gramas, ou seja cerca de 1 a 2 ‘quadradinhos’ de uma tablete, uma ‘barrita’ ou um bombom. No entanto, a prática de atividade física vigorosa ou desportiva acentuada, pode ‘permitir’ à ingestão de uma maior quantidade de chocolate.

Consumidas com moderação, todas as versões de chocolate podem ter presença na nossa alimentação, privilegiando as versões mais saudáveis, com mais teor de cacau em consumos mais frequentes, deixando as outras para consumos mais ocasionais.

 

----

Bibliografia:

(1) Henz, I.; Balbino, S.B.; Marquezi, M. (2021). Consumo do Cacau (Theobroma Cacao) e seus Efeitos na Saúde. Trabalho de Conclusão de Curso, Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos com Ênfase em Alimentos Funcionais. Instituto Federal de Santa Catarina, Brasil.

(2) APN (2015). 5 questões sobre chocolate. Associação Portuguesa dos Nutricionistas, Lisboa.

(3) Warner, J. (2011). Is Chocolate the Next Super Food? Publicado online em: https://www.webmd.com/food-recipes/news/20110207/is-chocolate-the-next-super-food

 

×